O projeto foi apresentado na reunião ampliada da ASA Piauí no mês de setembro, ocasião em que ficou acertado também o prazo de um mês para que as organizações manifestassem interesse de adesão ao novo projeto de sementes para ano 2017. Ocorrido isso, o debate ganhou força e das 16 organizações que compõem o Fórum, oito já estão com seus planos de ação para 2017 prontos, os quais incluem também a criação de grupos de guardiões e guardiãs de sementes nas comunidades que receberão as sementes.

A ASA Piauí também incluiu em sua meta conseguir recursos e comprar sementes para serem distribuídas entre as famílias acompanhadas pelas organizações membros da ASA estadual. “Isso não significa dizer que precisa ser uma casa de semente toda estruturada, e se for melhor ainda, mas que seja ao menos um grupo organizado na comunidade com regras e metas para o fortalecimento e criação de novas áreas com a presença da semente nativa sem transgenia”, disse José Maria Saraiva, coordenador técnico do Centro Regional de Assessoria e Capacitação – CERAC. Cada organização que adere ao projeto compra com recursos próprios uma quantia que vai de 50 a 150 kg de sementes para distribuir em sua área de atuação.

Até o fechamento dessa matéria já haviam sido comprados e distribuídos mais de 500 quilos de sementes que incluem, entre outras, milho, feijão e fava. Essas sementes estão sendo distribuídas em diferentes áreas do Estado. Cada organização que aderiu ao projeto fará um monitoramento da distribuição para que após a safra 2017 essas famílias possam devolver uma quantia na comunidade e assim iniciar um novo grupo local com acompanhamento da Organização que levou a ideia.  Para a coordenação do FPCSA a expectativa é de que neste ano, o Semiárido tenha um bom período chuvoso e essas sementes possam frutificar mais organizações comunitárias que passem a ter sua semente crioula e assim as sementes possam dar muita fartura.