
No encontro estarão presentes agricultoras e experimentadoras, estudantes, professoras, militantes dos movimentos de mulheres e movimentos sociais em uma programação que contará com mesas de debate, rodas de conversa e intervenções culturais. “Este encontro vem sendo desejado e pensado desde a reunião de mulheres do último ENCONASA [Encontro Nacional da ASA, que aconteceu em 2015, em Mossoró]”, conta Ivi Aliana, do Centro Feminista, e complementa: “Vai ser um momento para refletir a produção dos quintais e a autonomia das mulheres nesses espaços geradores de vida e renda, dialogar a partir dos desafios e das conquistas das mulheres do semiárido e pensar as perspectivas para a atual conjuntura.”
As políticas de convivência desenvolvidas nos últimos anos vêm mudando a realidade do semiárido e as mulheres protagonizam este processo. Glória Araújo, da coordenação executiva da ASA pelo estado da Paraíba, explica que: “com as políticas públicas, as mulheres têm acessado e gerado renda promovendo o bom manejo da água, das sementes, da biodiversidade local, a produção de alimentação saudável e, concomitantemente, é preciso pensar e agir na perspectiva não só de produção mas também de enfrentamento da violência, de divisão justa do trabalho e de participação política. A mulher tem protagonismo e força e isso nos faz afirmar que não há convivência sem as mulheres, sem feminismo não há convivência”.
O Encontro Mulheres do Semiárido também será parte da preparação para o IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), coordenando pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que ocorrerá em 2018, na cidade de Belo Horizonte (MG), com o lema “Agroecologia e Democracia unindo campo e cidade”.