Na medida em que as atividades vão acontecendo, as posturas vão mudando. Isso porque a primeira coisa que se faz é escutar os sujeitos envolvidos. O ponto de partida é sua visão do Semiárido, sua compreensão do papel da educação na vida da comunidade, bem como a importância da cisterna na vida da escola. A metodologia é participativa e dentro de uma perspectiva libertadora.
A Cáritas Regional Nordeste 3 e a Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa já realizaram encontros comunitários, cursos de gerenciamento de recursos hídricos – escolar (GRHE) e Oficinas de Educação Contextualizada envolvendo os municípios de Baixa Grande, Várzea da Roça, Iaçu, Mirangaba, Quixabeira, Nova Redenção, Ibiquera, Itaetê, Itaberaba, Mundo Novo, Piritiba, Tapiramutá, Miguel Calmon. Já foram construídas cisternas em Várzea da Roça, Iaçu, Nova Redenção, Ibiquera, Itaetê, Piritiba, Tapiramutá. O projeto continuará envolvendo os outros municípios já mobilizados.
Tivemos a grata surpresa de uma boa acolhida por parte da maioria dos gestores municipais e das Secretarias de Educação. Algumas, no entanto, não tiveram o mesmo interesse, o que denota a falta de compromisso com as famílias da zona rural e com uma educação que valorize a cultura e respeite a realidade local. Reconhecemos que é um enorme desafio implementar um projeto dessa envergadura. Mas, sobretudo, acreditamos que é um passo importante para garantir água potável para estudantes da zonal rural e, a partir daí, aprofundar a importância da Educação Contextualizada.
Água de beber, água de comer, água do saber – são águas da Cidadania que começam a jorrar com abundância nas escolas do semiárido brasileiro.
* Cáritas Regional Nordeste 3
** Cáritas Ruy Barbosa