Para a agricultora, Antônia Valdira Coelho, moradora do Assentamento Menino Jesus, em Chorozinho, os encontros são bastante produtivos, pois durante esses momentos a troca de informações entre os participantes fortalece ainda mais as ações desempenhadas no semiárido brasileiro. “Esses encontros são muito importantes. Aqui trocamos experiências com outras pessoas e tudo o que aprendemos podemos levar para nossas comunidades. Através desses encontros temos mais acesso a informações e isso contribui muito para nosso crescimento”, afirma Antônia Valdira.

Logo no início da reunião os/as participantes falaram um pouco sobre as ações adotadas pelos municípios para enfrentar o quinto ano consecutivo de seca, a maioria dos/das participantes informou que a forma mais utilizada de conseguir água atualmente é através de carro pipa. Outra forma de conseguir água relatada pelos/as participantes é através de poço.

Em seguida, deu-se início ao debate sobre os males que o uso de agrotóxicos causa em nossas vidas. Ana Cristina, técnica do Esplar passou algumas informações sobre o tema. Por exemplo: um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos. Para chegar a esse resultado foram analisadas amostras dos 26 estados do Brasil. A pesquisa foi realizada pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa (2011) e faz parte do Dossiê Abrasco: Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde divulgado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

De acordo com a educadora Luiza Vasconcelos Camurça, moradora do Assentamento Denir, em Ocara, o debate em torno do uso de agrotóxico é necessário, pois, para ela, é essencial que as pessoas conheçam o tipo de alimento que estão consumindo, além disso, é preciso realizar trabalhos com agricultores/as sobre o tema. “No assentamento onde a gente mora poucas pessoas usam agrotóxico porque lá a gente já faz um trabalho de conscientização sobre o assunto. É preciso realizar esse tipo de ação constantemente para mostrar para as pessoas o quanto o uso de agrotóxico é perigoso para a nossa vida”, finaliza Luiza Vasconcelos.

No encerramento do encontro, integrantes da equipe do projeto P1+2 passaram alguns informes sobre o andamento do projeto.