Parte da coordenação da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) esteve na manhã desta quarta-feira (18) na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), para debater com o secretário, Cezar Lisboa, a situação emergencial da seca no semiárido. A reunião, articulada pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT), discutiu também o processo de chamada pública que, segundo o grupo, já deveria ter saído para construção de cisterna de placa, que permite o armazenamento de água para consumo humano e para a produção de alimentos. “A seca é um problema que atinge diversos municípios do interior da Bahia, principalmente os da região semiárida. A construção dessas cisternas significa a solução para esse povo e é uma providência necessária para se conviver com esse longo período de estiagem”, afirma o deputado.

As cisternas construídas no Semiárido vêm passo-a-passo conquistando a sociedade brasileira e se firmando no país com um indiscutível valor social e político para a vida das famílias. Desde o ano passado, porém, elas passaram a agregar outro valor: o de mercado. Depois que o governo federal decidiu que compraria 300 mil cisternas de plástico no valor unitário de R$ 3.510,00, vender o reservatório virou uma ótima oportunidade de fechar negócios milionários com recursos públicos.

As previsões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, para o Nordeste brasileiro não eram animadoras: a região seria atingida por uma grande seca, que se estenderia de 2006 a 2011. Infelizmente, elas se confirmaram, este período já terminou e dos quase 400 municípios da Bahia, 186 já decretaram estado de emergência.