
No mesmo dia em que a direção da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) denuncia que a suspensão do apoio do governo federal pode inviabilizar o programa de 1 milhão de cisternas no Semi- Árido, o Ministério da Integração Nacional anuncia a entrega, em Cedro (PE), da primeira das 300 mil cisternas de polietileno que serão distribuídas na “fase inicial” do Programa Água para Todos.
14.12.2011Sem coronéisJornal - Diário de Pernambuco | Coluna Diário
Oprograma de construção de cisternas no semiárido nordestino pode não ser unanimidade, mas beira isso. Recebeu elogios da ONU, dos órgãos de controle da União e chamou a atenção de governos de pelo menos 20 países. Até comenda do presidente Lula mereceu. Por tantos elogios, gente de diferentes setores se perguntava ontem o porquê do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) anunciar que não renovará a parceria com a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). Ou seja, o repasse de R$ 120 milhões. Estaria por trás dessa atitude, a punição a todas as ONGs, em virtude dos desvios descobertos no Ministério dos Esportes, ou seria o reflexo da nova política gerencial do governo Dilma Rousseff, com ênfase em metas? Uma ou outra opção, o ministério deveria pensar que não se faz políticas públicas pensando-se apenas em cifrões. O retorno de determinados programas se mede tanto na melhoria da qualidade de vida quanto na possibilidade de fazer as pessoas pensarem. Ao se discutir a importância das cisternas, como se faz com programa da ASA, os moradores do semiárido se descobrem cidadãos. Escapam da armadilha do clientelismo que pautouo Sertão - seja na figura dos coronéis, seja na figuras de municípios ou estados - por séculos.
14.12.2011Cisternas: programa no semiárido ameaçadoJornal - Diário de Pernambuco
Dom Bernardino Marchió, bispo da Diocese de Caruaru. Imagem: JULIO JACOBINA/DP/D.A PRESS
14.12.2011Governo Federal rompe com a ASA Brasil e regride na política de construção de cisternas no semiáridoSite - Abong
Ogoverno federal comunicou que não dará continuidade à parceria com a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) através da Associação Programa 1 Milhão de Cisternas (AP1MC). A estratégia, a partir de agora, será realizar as ações do programa Água para Todos pela parceria com estados e municípios, negando uma caminhada de mais de oito anos e a concepção da cisterna como instrumento educativo de trabalho e convivência com o semiárido. “Nossa perspectiva não é da construção civil. Trabalhamos para construir uma política de convivência com o semiárido”, explica Naidson de Quintela Baptista, da coordenação da ASA pelo estado da Bahia e na presidência da AP1MC. A notícia “dá um baque muito forte nos trabalhos, que começavam a tomar corpo, embora o governo persista com muitas ações próprias da velha política de combate à seca”.
13.12.2011Decisão do MDS pode levar ao fim o Programa Um Milhão de Cisternas, gestado e executado pela ASASite - Portal EcoDebate
“A dor da morte é não acabar com o nordestino