
Por Maristela Crispim
A desertificação no Semiárido brasileiro avança a passos largos. Ela é definida pela Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD) como a degradação das terras das zonas áridas, semiáridas e subúmidas do Planeta, resultado de fatores naturais, Como ventos, chuvas e secas, e pela ação do ser humano, por meio de queimadas, desmatamentos e uso intensivo e inadequado do solo. No Nordeste, já são 200 mil quilômetros de terras degradadas. Se juntarmos às terras onde o processo é moderado, esse número sobe para 600 mil quilômetros.
Os dados são do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que considera quatro núcleos de desertificação mais evidentes: Seridó (RN/PB), Irauçuba (CE), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE). A UNCCD estima que o problema atinja 34,7% da superfície do Planeta,onde vivem cerca de 41,3% da população. No País, os números mais recentes apontam para desertificação em torno de 16% do território brasileiro, abrangendo 1.488 municípios (27% do total), afetando 31.663.671 habitantes (17%da população).
A propósito, na próxima semana, tem início a 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação (UNCCD), em Bonn, na Alemanha, que estava programada para Fortaleza, em fevereiro passado. No último dia 20/03, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de Lei 2447/07, que cria a Política Nacional de Combate e Prevenção à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. O Diário do Nordeste foi a campo e visitou os quatro núcleos de desertificação para mostrar essa realidade e o que está sendo feito para reverter o quadro e garantir a manutenção do bioma Caatinga, mostrados hoje e no dia 7.
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