Por Eline Souza – Comunicadora popular/Cdecma

Agricultoras e agricultores que conquistaram a tecnologia de captação de água da chuva para produção em Ouro Branco-AL trocaram experiências sobre as estratégias para produzirem alimentos sem uso de agrotóxico, conservar o solo e garantir a segurança alimentar e nutricional da família, através do uso da água das cisternas-calçadão e cisternas-enxurrada. Eles e elas conheceram as alternativas desenvolvidas por famílias, que conseguem cultivar hortaliças, frutíferas, criar aves e ovelhas em municípios do Semiárido alagoano.
“Estamos conhecendo experiências de como as pessoas estão produzindo, e levaremos conhecimento para produzirmos alimentação saudável para nossa família, para comunidade e para vender na feira. Esse intercâmbio está sendo um momento de aprendizado, porque tem muitas coisas que não conhecíamos e agora estamos conhecendo”, disse a agricultora Maria Aparecida da Silva da comunidade Joaquim Gomes em Ouro Branco.
Já o agricultor Senival Marinho do Nascimento da comunidade Bonito, localizada na cidade de Ouro Branco, destacou: “estou conhecendo coisas que não sabia e está sendo uma experiência, porque a gente vai plantar e vai deixar de comprar produtos químicos”.
As famílias visitaram as experiências da agricultora Maria Emília na comunidade Frade em Ouro Branco, de Francisco de Assis na comunidade Olho D´Água do Negro em Maravilha-AL e do agricultor Fernando da Silva na comunidade Jiquiri em Minador do Negrão-AL.
Para a agricultora Ivonete Rodrigues de Lima da comunidade Tintino em Ouro Branco o intercâmbio é uma oportunidade de aprendizagem entre os/as agricultores/as. “Estou aprendendo várias coisas que não era do meu conhecimento. Eu só compro verdura com produtos químicos nas feiras, e estou vendo que com água na cisterna posso produzir alimento natural”.
O intercâmbio aconteceu nos dias 19 e 20 de julho e faz parte das ações do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), que é executado pelo Cdecma nos municípios de Ouro Branco e Santana do Ipanema e financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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