

Alcides João e Maria do Carmo, na comunidade Trapiche, no município de Fagundes, acreditavam que a utilização de veneno seria a única forma de controlar as pragas e doenças do roçado. Após participar de alguns intercâmbios, o agricultor aprendeu a fabricar biofertilizante com a manupueira e outras caldas para controlar as formigas e fortalecer a terra. Hoje, Alcides conta que vem aumentando sua produção de feijão, fava, milho e também aproveitando melhor todos os recursos naturais disponíveis na sua terra. E que, acima de tudo, não coloca sua vida em risco com o uso de venenos.
Eu já nasci gostando de plantarPB - PATAC - Acesso à Água -

Josinaldo e Concionila moram na comunidade Recanto, município de Alcantil. Logo quando compraram a propriedade, a terra estava muito desmatada e o solo degradado. Com passar do tempo, a família vem diversificando o plantio de fruteiras, plantas medicinais e palma forrageria. Isso ajuda no aumento da produção de alimentos para consumo da familia e dos animais. Para plantar, a família conta com a as tecnologias de armazenamento de água como a cisterna-calçadão.
Organização comunitária para convivência com a secaPB - PATAC - Acesso à Água -

A experiência sistematizada retrata o trabalho desenvolvido por algumas comunidades rurais no municipio de Aroeiras, no agreste paraibano, para reduzir o déficit de água potável e contribuir com a organização social e a convivência com o Semiárido. Todas as comunidades envolvidas nesse trabalho enfrentam sérios problemas com a escassez de água principalemente para beber e cozinhar. As localidades tinham pequenas infraestruturas para armazenamento de água, com destaque para alguns tanques de pedras e cisternas particulares. As dificuldades animaram e motivaram a formação de uma comissão de recursos hídricos para junto às famílias coordenar o trabalho de implantação de cisternas de placas. A partir daí outras iniciativas como fundos solidários, bancos de sementes e criação de animais começaram a ser desenvolvidas.
Resistência, coragem e persistênciaPB - PATAC - Acesso à Água -

A família Cromácio reside na comunidade Chã da Barra, no município de Aroeiras, no agreste paraibano. Como tantas outras famílias no Semiárido, a família tem uma terra pequena, dificuldade de mão-de-obra, o êxodo dos filhos para os grande centros urbanos. Essa realidade provocou o deslocamento da família para o Rio de Janeiro. A idade avançada de seu Bio e dona Mana, a vontade de trabalhar nos roçados e as constantes enchentes no Rio de Janeiro, fez com que a família retornasse para o Semiárido. Compraram uma terra na mesma comunidade e hoje estão desenvolvendo a atividade que gostam e faz bem. Estão criando gado e galinhas, plantando palma, milho, feijão, fava, jerimum, quiabo e aproveitando os espaços da propriedade para estogem de água. Atualmente a família foi beneficiada com uma cisterna de 52 mil litros de água para garantir um aumento na produção de alimentos. Eles esperam, desse pedaço de terra, nunca mais sair.
Uma história de lutas e conquistas pelo acesso à águaPB - PATAC - Acesso à Água -

Zé Goiana e Maria de Lourdes moram na comunidade Lagedo de Timbaúba, no município de Soledade. A dificuldade de água para consumo das famílias e dos animais sempre esteve presente na vida das pessoas da comunidade. Alguns depoimentos relatam que eram necessários percorrem mais de 2km para pegar água para beber e essa água nem sempre era de boa qualidade. A família começou a se mobilizar em mutirão com outras famílias para escavar cacimbas e ampliar os lagedos para estocagem de água. O trabalho ganhou impulso com os fundos rotativos solidários. Em seguida, construíram uma barragem subterrânea, a qual utilizam para produção de capim que alimenta os animais e também para a diversificação da produção de frutas e hortaliças. A família aumentou a criação de ovelhas, tem água de boa qualidade disponível e pretede ampliar as infraestruturas hídricas para estocar mais água para produção de alimentos.